GREGÓRIO DE MATOS, O POETA GOZADOR
Gregório de obras rebeldes, marcado na literatura brasileira,
O boca do inferno firmou na história sua carreira.
Em suas obras, aspectos barrocos:
De um lado o amor e a religião,
do outro o erotismo cheio de emoção.
De Gregório não escapava ninguém,
Ricos e pobres, nobres e comerciantes,
Todos atacados com desdém.
Como autor barroco, religião não poderia faltar,
Líricas amorosas também iria comentar.
Mas todo seu destaque, sua crítica, seu enredo,
Era desejo de ver a Bahia melhorar.
Daí nasce sua crítica aos vícios da sociedade,
‘Triste Bahia’, em seus poemas recordava
Tudo o que lá acontecia.
Gregório de Matos Guerra, uma guerra travou
E sem vergonha para o mundo mostrou
Que “De que pode servir calar quem cala?
Nunca se há de falar o que se sente
Sempre se há de sentir o que se fala.
Qual homem pode haver tão paciente,
Que, vendo o triste estado da Bahia
Não chore, não suspire e não lamente?”
Lamentemos o estado do estado a Bahia,
Tão esquecido, mas tão rico.
Rico de poesia, rico de fé,
Rico de autores como Gregório,
Que esperam, mesmo com zombaria, o melhor
Renascer e a Bahia ficar novamente em pé.