O HOMEM QUE AMEI

O HOMEM QUE AMEI

Amei um homem

Que foi meu pai

Criou-me em espaços

De tempos que dispunha

Era sempre presença marcante

Mesmo quando eu era maçante

Era flexível e tolerante

Quando eu era intolerante

Mas era duro porém dúctil

Quando eu me mostrava inútil

Era doce mesmo quando azedo

Fazia-se respeito nunca medo

Era cego a minhas façanhas

Surdo a minhas manhas

Era grande na sapiência

Ensinou-me com paciência

Hoje é sentida ausência

Mas deixou marcas

Indeléveis

Presentes Ao Infinito

No coração de um filho

Que gostaria de ser como ele

Escrito

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 13/08/2017
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