O HOMEM QUE AMEI
O HOMEM QUE AMEI
Amei um homem
Que foi meu pai
Criou-me em espaços
De tempos que dispunha
Era sempre presença marcante
Mesmo quando eu era maçante
Era flexível e tolerante
Quando eu era intolerante
Mas era duro porém dúctil
Quando eu me mostrava inútil
Era doce mesmo quando azedo
Fazia-se respeito nunca medo
Era cego a minhas façanhas
Surdo a minhas manhas
Era grande na sapiência
Ensinou-me com paciência
Hoje é sentida ausência
Mas deixou marcas
Indeléveis
Presentes Ao Infinito
No coração de um filho
Que gostaria de ser como ele
Escrito