100 anos do rei do baião

Então é chegada a hora de falar com orgulho,

Então é chegada a hora de falar do rei do baião,

Chegou então o momento,

De Luiz Gonzaga do Nascimento,

O nosso famoso e encantador, Gonzagão.

O rei que nos ensinou

Com amor e esplendor,

como dançar o baião.

13 de dezembro de 1912, um sanfoneiro nasceu,

Na fazenda caiçara, tocando sanfona cresceu,

E para o mundo inteiro, seu carisma resplandeceu.

Filho de Januario e de Ana de mãe Santana,

O sanfoneiro arretado,

Mostrou a luta do nordestino,

E nos alegrou com a cultura pernambucana.

Desde muito cedo, mostrou-se cativado,

Seu pai, Januário, muito agradado,

Mostrou a Gonzaga como era o fole de oito baixos tocado.

Luiz foi então crescendo e seu dom desenvolvendo.

Tantas aventuras esse rei tinha a nos contar,

Namorou a filha do Coronel,

E as consequências teve que enfrentar.

Apanhou de seus pais e

Na fuga da morte, no exercito teve a entrar.

Mas sua grande paixão foi aquela que nos encantou.

Ele só queria um amor que acabasse o seu sofrer,

Encontrou o seu xodó, sua parceira, a sanfona,

Que alegra nosso viver.

Eita Luiz Gonzaga, como suas musicas encantam,

Seu povo retrata, o homem nordestino e as lutas,

A mulher forte e valente,

a desgraça da seca, e tudo o que pelejam.

Representou o nordestino,

e até se caracterizou,

Logo sua atenção o povo teve,

E a todos ele cantou.

Nos cabarés ou nas ruas,

Eis que brilhava a LUA,

Foi cantar o seu amor.

A pedra nordestina que o mundo refinou.

Tocou “Vira e mexe”, e Miguel Lima rimou.

Cantou então Asa Branca,

O hino do imigrante nordestino,

Que a todos ganhou.

Homenageio hoje 100 anos de tradição,

100 anos de Gonzaga,

100 anos que ele nos mostra

Quão belo que é o luar do sertão.

Eita Luiz Gonzaga, quanta recordação,

Quanto amor resplandecido na sanfona, na zabumba,

No Nordeste tão amado, e também agradecido.

Em 1989, Gonzaga teve sua “triste partida”,

O fole não mais puxou,

A sanfona não tocou, Luiz Gonzaga morreu.

“E nem se despediu de mim.”

Luiz Gonzaga, símbolo do Nordeste brasileiro,

Mostrou a todos que da saudade,

Pode surgir um guerreiro.

Com talento e simplicidade,

Mostrou ao povo brasileiro

Como é o baião de verdade.

Hoje olhamos para o céu,

E vemos tamanha lindeza,

Luiz Gonzaga mostrou o Nordeste e suas belezas,

Mostrou que “pra animar a festa, não precisa orquestra,

No fungado da sanfona vai até nascer o sol”,

Mostrou também o orgulho de ser nordestino,

Lembra do povo sofrido. A asa branca bateu asas,

Partiu para seu destino.

Andou por todo o páis, procurou o descanso feliz,

“a vida do viajante” não foi fácil,

E “como é feio o homem que chora”,

Então lembraremos Gonzaga com gozo e gratidão,

Pelos seus feitos em vida e pela luta no sertão.

Do maior forrozeiro vamos lembrar,

De Luiz Gonzaga recordar,

Com seu forró se alegrar,

Pois “a noite é de são João”,

E “não adianta fazer confusão”

Porque “SAUDADE MEU REMÉDIO É CANTAR”.

Raíne Gomes
Enviado por Raíne Gomes em 22/06/2017
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