Singela homenagem às vítimas dos trágicos incêndios
que ocorreram na região de
Pedrógão Grande - Leiria - Portugal, nos últimos dias.
HÁ EM TI DORES QUE ME DOEM, PÁTRIA AMADA!
Lá, onde o sol nasce mais cedo,
Em alegres orvalhadas de alegria,
Lá, onde o dia nasce jasmim, rosa, aurora d´água cristalina,
A dor chegou envolta em pranto cruel cinza viva,
Perfumada de rubra labareda, negro fumo
Vestida de gemidos, lágrimas e luto...
Lá, onde a manhã nasce mais cedo,
Há casas, florestas e pessoas ardendo,
Há um fogo que, sem dó, tudo consome...
Há em ti dores que me doem, pátria amada!
Eu e todos que conheces, choramos...
A perda dos que são nossos, choramos,
Posto que há um mesmo sofrimento que nos une.
Lá, onde o dia nasce mais cedo,
A dor é imensa e intraduzível,
É difícil imaginar o sofrimento,
O desespero, tão avassalador, tão imenso...
É difícil tirar conclusões, encontrar culpados...
É tempo de recolhimento, de reflexão,
É tempo de respeitar a dor, tempo de oração.
O luto é coletivo, pessoal, individual...
É também tempo de agradecer
A bravura e a coragem
De tantos que lutam uma luta tão desigual.
Lá, onde a luz nasce mais cedo,
A todos que estão batalhando no terreno,
O meu agradecimento sincero;
A todos que perderam algo ou alguém,
O meu sincero, profundo, imenso, inteiro pesar...
Que lá o sol continue nascendo mais cedo,
E que todos possam vê-lo brilhar,
Sem cortinas de fumo, sem dor, sem lágrimas, sem medo...
Rio, 18/06/2017
Ana Flor do Lácio
Lá, onde o sol nasce mais cedo,
Em alegres orvalhadas de alegria,
Lá, onde o dia nasce jasmim, rosa, aurora d´água cristalina,
A dor chegou envolta em pranto cruel cinza viva,
Perfumada de rubra labareda, negro fumo
Vestida de gemidos, lágrimas e luto...
Lá, onde a manhã nasce mais cedo,
Há casas, florestas e pessoas ardendo,
Há um fogo que, sem dó, tudo consome...
Há em ti dores que me doem, pátria amada!
Eu e todos que conheces, choramos...
A perda dos que são nossos, choramos,
Posto que há um mesmo sofrimento que nos une.
Lá, onde o dia nasce mais cedo,
A dor é imensa e intraduzível,
É difícil imaginar o sofrimento,
O desespero, tão avassalador, tão imenso...
É difícil tirar conclusões, encontrar culpados...
É tempo de recolhimento, de reflexão,
É tempo de respeitar a dor, tempo de oração.
O luto é coletivo, pessoal, individual...
É também tempo de agradecer
A bravura e a coragem
De tantos que lutam uma luta tão desigual.
Lá, onde a luz nasce mais cedo,
A todos que estão batalhando no terreno,
O meu agradecimento sincero;
A todos que perderam algo ou alguém,
O meu sincero, profundo, imenso, inteiro pesar...
Que lá o sol continue nascendo mais cedo,
E que todos possam vê-lo brilhar,
Sem cortinas de fumo, sem dor, sem lágrimas, sem medo...
Rio, 18/06/2017
Ana Flor do Lácio