Festa da Padroeira de Tróia
Dia da padroeira (Festas da nossa terra)
Logo o dia amanheceu
E o céu azul fulgurante
Os meus olhos se enternecem
Minha alegria é vibrante
Acordo ao som dos foguetes
Que arrebentam no ar
É dia da padroeira
Nossa Senhora do Mar
A virgem Santa Maria
Vai descer do altar
Vai de barco para a lagoa
Onde a irão louvar
De seu pedestal desceu
Para o andor a levar
Irá em procissão
Em romagem pelo mar
Foguetes ribombam no ar
É dia de romaria
Do outro lado do mar
Há festa há alegria
Como o povo é brioso
Embelezando os altares
Os barcos se vestem de novo
Para a Senhora transportar
Nossa Senhora de Tróia
Vinda de tempos gloriosos
Diz a lenda que era em memória
Dos marinheiros temerosos
Que por ali aportavam
Do mar poderoso temiam
Revezavam-se não dormiam
Cânticos de sereias ouviam
Mostrengos os apavoravam
Chegados a terra criticavam
E à Senhora oravam
Depois em gloria do Omnipotente
E da Sua Santa Mãe
Ermidas erguiam
Para um sinal demarcarem
Da sua fé sua convicção
Sua esperança renascendo
Por temores esconjurados
É dia de procissão
De missa e reencontros
Vestem-se de roupa à feição
Do melhor todos a exibem
É dia de romagem
É dia de exultação
Milagres preces promessas
Venerações festividades
São lisonjas dos cristãos
Onde não falta o sermão
E não falta o arraial
Com o pão santificado
E iguarias apetecidas
Elas também abençoadas
Há música a festa é rija
O pitoresco é gritante
Gente de todo o sítio
Irrompem, não querem faltar
A bênção vão almejar
.
Diz a história de nosso passado
Que muitos povos ali se acharam
Origens ali deixaram
Seus hábitos
E o que faziam
Nas pedras ali assinalaram
De tudo o que aconteceu
Fenícios gregos romanos
Godos celtas lusitanos
Povos muitos. Nomes tantos.
Nossa gesta ficou assinalada
È uma história famosa
A deste povo honrado
De T, ta
Agosto de 07
Festas da nossa terra
Um pouco de História
Dia 11 de Agosto festeja-se na Caldeira, o dia de N. Senhora do Rosário de Tróia, concelho de Grândola distrito de Setúbal. É uma festa de mar de pescadores de marinheiros festividade de grande tradição e fervor cristão.
Existem ruínas com arcadas góticas que assinalam que ali existiu uma ermida para glorificar a mãe de Jesus. Só no dia de festa N. Senhora, que está guardada na igreja de S. Sebastião em Setúbal, durante o ano ela é transportada em barco de pescadores para o sítio da festa, capela da Caldeira para no fim as festas regressar. As celebrações de caris religioso e profano duram tres dias participada por milhares de pessoas que demandam a localidade com muito fervor.Gente com raizes muito antigas que foram passadas de geração em geração. os setubalenses tem por esta festa uma dedicação ferverosa. são nove as imagens religiosas que acompamham a procissão e a missa no areal. As embarcações lindamente enganaladas acompanham sempre a Senhora. no terceiro dia pelo final da tarde com o transporte do cirio a Senhora regressa a casa faz o ritual da benção dos doentes do hospital do Outão uma antiga fortaleza a beira mar e passeia-se pelo rio /mar o estuário do sado com canticos ferverosos das gentes de terra e do mar passando pelos cais e margens .
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breves apontamentos retirados do centro de documentação histórico da região de setúbal
“Capela de Nossa Senhora de Tróia, junto à Caldeira, não tem muitas informações sobre a sua construção. Coloca-se a hipótese de, em 1482, existir nesse local uma ermida que possivelmente esteve na origem da capela actual. Vestígio desse templo é a porta que separa as duas pequenas sacristias do edifício, num gótico tardio de finais do século XV.”
Não se sabe ao certo quando é que em Grândola datou a primeira ocupação humana, embora cerca de 40 estações arqueológicas do concelho testemunhem que tenha sido em tempos remotos. Vestígios encontrados em Melides atestam actividade local durante o período do Bronze e no Lousal, durante o Megalítico.
“Os romanos também deixaram as suas marcas: no perímetro da vila foram descobertas termas dessa época e a 2 quilómetros encontrada uma barragem. Na zona de Tróia, existem as ruínas do que foi outrora um dos maiores centros conserveiros de salga de peixe.”
“O património do concelho de Grândola é predominantemente religioso, mas é incontornável a importância das ruínas de Tróia. Situam-se na freguesia do Carvalhal e apesar de existirem referências desde o século XVI, as primeiras escavações realizadas no local datam do século XVIII. Os trabalhos arqueológicos aí efectuados puseram a descoberto vestígios de uma vida urbana intensa, onde a actividade industrial e a religião tinham o seu espaço.”
A Reserva Natural do Estuário do Sado abrange a maior parte do estuário e da sua zona circundante. Da sua superfície estuarina fazem parte integrante as áreas marginais que englobam na sua parte superior a vegetação rasteira dos terrenos salgados de aluvião, os sapais. A reserva abrange ainda zonas como as dunas de Tróia cuja vegetação, altamente vulnerável, desempenha um papel relevante na fixação da duna e, as lagoas da Herdade do Pinheiro, onde a presença permanente da água doce contribui para as tornar meios ricos em nutrientes e matéria orgânica, que permitem a existência de uma flora e fauna muito diversificadas.•
Zona húmida particularmente importante sob os pontos de vista etiológico, malacológico e ornitológico (terceira zona húmida do país), funciona como local de importância internacional para a nidificação do Perna-longa, invernada da Tarambola-cinzenta, do Pato-trombeteiro, Maçarico-de-bico-direito, e Alfaiate, de um modo geral, para todas as limícolas e anatídeos. É também o núcleo mais importante de invernada do Merganso-de-poupa e do Mergulhão-de-pescoço-preto a nível nacional. Deverá ainda destacar-se a população sedentária de Roaz existente no estuário.
São ainda de salientar o «Concheiro da Comporta», zona de ocupação urbana datada do mesolítico, os fornos romanos da Herdade do Pinheiro (séc. I e IV d.C.), a feitoria fenícia do Abul e os conjuntos arquitectónicos bem equilibrados da Herdade do Pinheiro, Zambujal e Comporta. Na Carrasqueira, destacam-se também as cabanas de colmo típicas e o cais palafita.
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Conclusão:
Tróia assinala a passagem de muitos povos pela sua situação geográfica priveligiada. É uma península, e existem sinais da existência de grande povoamento desde a pré-história com várias estações arqueológicas demarcadas desde o neolítico idade do ferro do bronze e ocupação romana. Existem vestígios posteriores de ocupação
fenícia (de feitorias.)
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Achei de interesse divulgar este local paradisíaco
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