Fotografia © Ana Ferreira
A história de Sebastião de Augusto Freitas, mais conhecido por Tião Paineira,
se confunde com a de sua cidade, Tiradentes. Seu Tião trabalha o barro, “com
o pé, a mão e a caixa de ideias” na rudimentar olaria no quintal de sua casa. O simpático oleiro é guardião de memórias de tempos distantes e um verdadeiro patrimônio cultural vivo. Conversar com ele é fazer um belo passeio pela
história de Tiradentes na companhia de um querido amigo, disposto a “contar alguns causos da sua vida”. Ao seu Tião, mais uma singela homenagem:
se confunde com a de sua cidade, Tiradentes. Seu Tião trabalha o barro, “com
o pé, a mão e a caixa de ideias” na rudimentar olaria no quintal de sua casa. O simpático oleiro é guardião de memórias de tempos distantes e um verdadeiro patrimônio cultural vivo. Conversar com ele é fazer um belo passeio pela
história de Tiradentes na companhia de um querido amigo, disposto a “contar alguns causos da sua vida”. Ao seu Tião, mais uma singela homenagem:
TIÃO PAINEIRA
O barro suja as mãos
não esconde o homem
o pó da terra colado no corpo
não esconde o ser
quando um brilho de estrelas
lhe ilumina os gestos
contam-se histórias
recontam-se causos
na arte da recriação do passado
ouvidos, olhos e coração as recebem
89 janeiros o oleiro viu passar
conta sua vida a quem quiser escutar
chama-se Tião Paineira
coração é outro nele inteiro
Ana Flor do Lácio
O barro suja as mãos
não esconde o homem
o pó da terra colado no corpo
não esconde o ser
quando um brilho de estrelas
lhe ilumina os gestos
contam-se histórias
recontam-se causos
na arte da recriação do passado
ouvidos, olhos e coração as recebem
89 janeiros o oleiro viu passar
conta sua vida a quem quiser escutar
chama-se Tião Paineira
coração é outro nele inteiro
Ana Flor do Lácio
Grata, Jacó Filho, pela belíssima interação poética:
Repetindo o que Deus fez,
Ele vai moldando em barro,
Em vez de homens, faz jarros,
Com sua grande lucidez...
Jacó Filho