PELOS CAMPOS MINADOS...
Meu minuto de silêncio silencia a insanidade!
Que nos campos não vindouros mina flores que virão
Em silêncio refratário num solo sem caridade,
De esperança em resgate, mais um grito em explosão.
Meu minuto de silêncio silencia a ingenuidade
Que outrora foi plantada para o todo florescer
Qual criança desejada no ventre que explode em nada!
Toda a Terra entrincheirada... vidas só a perecer.
Silencio meu silêncio em poesia sufocada,
Com a voz rouca, suada, fustigada em oração
A só rascunhar um verso com a rima já minada...
Na alvorada desbotada por um sol em aflição.
Meu silêncio silencia toda ideologia errática!
Um minuto de silêncio ao vão da morte em redenção.