CURUMIM
Meu sangue é seu sangue
Minha pele sua pele
Meus olhos
Olhos seus
Que veem o verde
Sentem a mata
São a mata!
Estou em sua alma
Pequeno guerreiro
Não sabe que roubaram sua terra?
A tingiram de vermelho
Com seu sangue
Com meu sangue...
Vem, pegue minha mão!
E veja...
Forjaram sua liberdade
O colocaram na terra branca
A terra cinza
De pedra, fria...
Está perdido, caído na esquina
Lhe deram a tristeza
Como mãe
E assim passam os cinzas
Os brancos
Que amam o poder
O ser, o que ser?
Quero apenas existir
Como curumim
Como índio Guarani
Terena, Xavante
Caigange, Ianomâmi
Potiguara, Ticuna
Pataxó ou Macuxi