I T A P I P O C A

I T A P I P O C A

Nunca fiz nada por Itapipoca, assim o povo diz

Apenas derramei suor, verti lágrimas e fui muito feliz,

Traguei seu pó, engoli lama para os meus pulmões,

Mas em troca ganhei belos e mil corações.

O povo é sábio mas na sabedoria erra

Os olhos se fecham para o que a vida encerra

Não quer ler os autos de um testamento

E assim faz errado um pre-julgamento.

Uns fazem por maldade, outros não sabem julgar,

Não veem que comi o pó do chão para ajudar

Aqueles que sofriam plantando emoção

E dar ao filho o duro, dormido e amargo pão.

Abandonei a minha terra doce, mas muito ressequida

CANINDÉ que ainda hoje é muito sofrida

Onde falta água, escolas e só lágrimas existem

E as safadezas dos políticos pisando o povo , persistem.

Em tudo dou meu nome a Itapipoca com desprendimento

E de CANINDÉ só ouço e só dou lamento

Terra de somente um clima mas muito altaneira

ONDE UM POVO SOFRE MAS NA GRATIDÃO É FACEIRA.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 30/04/2017
Reeditado em 30/04/2017
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