Para a Montanha
Impotente serei eu?
Que contemplo minhas fronteiras,
estando atento a este acaso,
e às suas vísceras escorregadias?
O Miserável seria eu?
Que me esqueci das cicatrizes,
que massacro diariamente as criaturas
vindas de meus destinos fantasmas?
Impotente és tu!
que jamais percebeu tua ilha,
fechando-te na mata densa
de uma história sem finalidade.
Miserável és tu!
que comprime cicatrizes
em esquemas infinitos,
fundando memórias de uma futuro heróico.
Chore por si, miserável!
Trabalhe em tí, Impotente!
E eu Viverei...
Pois a vida que me espera, só pertence a mim.