Terra Paterna (Viseu)

Terra Paterna (Viseu)

Minha terra de maravilhas,

de pão, de lenho e vinho,

recortada no verde granito,

de gente esforçada de suor.

Terra bendita, meu solar berço,

Meu serrano quinhão de amores.

Bela Sé de minha vontade cristã,

romana de raiz, elevada no gótico,

de claustros e azulejos teotonais.

Prisão imortal da moirama vencida,

ornamentados tesouros de cátedra,

Meu templo de amor divino e oração.

Viseu, terra de pastoris cenários,

de caçadas imemoriais em estátua,

a força da resistência de Viriato.

Viseu do Rossio dos meus mil amores,

do parque copado em fechado coração

abrigando cultos e danças eternas.

Minha Viseu embotida de carvalhos

e buxo, de jardins dignos da alma,

padrão de Deus ornado pelo homem.

Viseu, cava de trincheira entre rios,

fortaleza do ideal do guerreiro

caído pela traição de seus pares.

Viseu fortalecida de muralhas,

pelas suas gentes de torreão leal,

e dos seus moledos lajeados de trigo.

Viseu, minha terra paterna de sonho,

de minha adoptada e feliz infância,

onde, férreo querer, me fiz escudeiro.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 30/03/2017
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