ENTREGO-ME
Não sou teu brilho, mas a realidade
Daquele sonho muito singular!
Eu me guardei e sem vaidade,
Para nas tuas mãos, um dia repousar.
Teu brilho é próprio e nem por um instante
Quis ofuscar a luz dos olhos teus;
Mas quero muito ser o mais constante,
Daquele sonho que também é meu.
Eu quero ser, por toda tua vida,
Alguma coisa muito preciosa!
Fazer das tuas mãos, minha guarida,
Pra nunca mais te ver silenciosa.
______
Este é um monólogo de um troféu, à autora e merecedora dele, que de tão emocionada se fez silenciosa.
Registrado na Biblioteca Nacional, como todos os seus demais trabalhos(rabiscos)