São João del Rei - Igreja de São Francisco (uma das obras de Aleijadinho,
o maior escultor barroco das Américas)
Fotografia © Ana Ferreira
“Aleijadinho padecia frequentemente de dores violentas, tão agudas que o levaram mais
de uma vez a mutilar os dedos [...], não caminhava senão de joelhos. Para trabalhar, era mister que lhe amarrassem às mãos o cinzel e o martelo. Todavia, a enfermidade, longe de abater o ânimo de Antônio Francisco Lisboa, como que estimulou sua extraordinária capacidade de trabalho. O principal efeito dela foi segregá-lo da sociedade, que ele passou a evitar. Às primeiras horas da madrugada punha-se a caminho do local em que devia trabalhar, quase sempre uma igreja ou capela, de onde só regressava em noite fechada”. (Manuel Bandeira - Cronologia, p.227).
de uma vez a mutilar os dedos [...], não caminhava senão de joelhos. Para trabalhar, era mister que lhe amarrassem às mãos o cinzel e o martelo. Todavia, a enfermidade, longe de abater o ânimo de Antônio Francisco Lisboa, como que estimulou sua extraordinária capacidade de trabalho. O principal efeito dela foi segregá-lo da sociedade, que ele passou a evitar. Às primeiras horas da madrugada punha-se a caminho do local em que devia trabalhar, quase sempre uma igreja ou capela, de onde só regressava em noite fechada”. (Manuel Bandeira - Cronologia, p.227).
ALEIJADINHO
(TRANSFORMANDO PEDRAS EM SONHOS)
Pedra-sabão, madeiras nobres,
retalhadas, transformadas pelo artista,
santuários, profetas, anjos,
arte a perder de vista...
Eis que do entalhe preciso
surgem obras colossais,
enaltecendo Minas,
elevando as Gerais
Quis o destino, quis a sorte,
que fosse sofrida a existência
daquele que ao esculpir a pedra
lapidou a mais bela poesia
Ana Flor do Lácio