ELA
Ela usa brinco de pena,
sorri encanto e poesia,
perde-se em poema,
encontra-se em elegia,
afoga-se em dilema,
mas é leve como a pluma
que balança ao compasso
da ginga de cada passo.
Seu riso é banzeiro manso
que carrega leve espuma;
seu olhar é remansoso rio
navegando em afeto e brio.
Ela rema contra correnteza
num ritmo manso da dança.
É cadência e suave destreza
e sua luz é cor da esperança.
E assim cai na rima com gosto
sempre virando difícil jogo,
pois as pesadas penas do destino
são as poéticas odes do caminho.