TRANSFORMAÇÃO 

Ouço e vejo fantasmas, poeta
quem sabe  não és um deles
bailando nas ruas de Porto Alegre
onde tua alma ainda bebe...

Ou correndo pelo Guaíba
irrigando terras
entre os igarapés
colhendo flores
se espraiando em rio-oceano.

Teus retratos nas paredes
tua alma presa
no traço do olhar
espelho a refletir
o indecifrável...

Noites solitárias
e tu ali sentado
lembrando os passos dados
o som do bater
do sapato nas calçadas
teus caminhos...
....teus enredos...

E os versos, poeta?
Já não são mais teus:
pulsam
a poesia está viva
rompeu fronteiras
passarinhou

e aqui, mais vivo do que nunca
em cada coisa do que se vê
tua alma virou sua terra
e todas terras do mundo
viraram você

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Soninha Porto e
Luiz  Prôa

 
Soninha Porto Flor
Enviado por Soninha Porto Flor em 30/07/2007
Reeditado em 12/05/2020
Código do texto: T585703
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