Riba-Gullar

Vivia do espanto

de ser ele mesmo

e foi-se pra lá

o Ribamar que conhecia

virou da noite pro dia

Gullar.

Morreu de viver

Tanto quanto

viveu de morrer

e a sorrir e calar-se

resumiu numa frase:

A poesia é o espanto

Que hoje cobre o seu manto.

Pois, desde que seja

ele

um poeta entre imundos

calou-se para falar

e habitar

hoje

em dois mundos

R.N

RNetto
Enviado por RNetto em 06/12/2016
Código do texto: T5845362
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