Balada do sol e da chuva

Eu sou um simples

Ser humano

Ser humaninho

Nem sempre estampo

A alegria

Como você bem queria

Mas que mal há em se mostrar

Tal qual se é na real

Se afinal eu sou igual

A qualquer um de carne e osso

Tecido usado e surrado

Mas que amado

Pode fazer alvoroço

De minha fruta alguns dizem

Que chupam até o caroço

Quando querem o meu sabor

Nem perguntam pela cor

So pensam no amor

No amor

Não vendo o meu jantar

Para comprar o almoço

Mesmo que a vida esteja

Sem gosto de cereja

Me humanizo pra acreditar

Que dias melhores virão

Eu posso não te sorrir

Mas eu posso cantar

Esta balada

Porque sou uma pessoa humanizada

Eu sou um zero absoluto

Nem de esquerda

Nem de direita

Eu sou um zero absoluto

Eu vivo e luto

Por minha melhor colheita

De bom coração

Dia feliz

As vezes triste

Venho sol ou venho chuva

Mas posso ser os dois

Um casamento de viúva

Esta balada quente e molhada

É riso sem desencanto

É movimento bem ciclado

Num sobe e desce

Num cai e levanta

Que não quer ver ninguém parado

Que mal há em se mostrar tal qual você é

Nem todo dia você brilha como um sol

Porque as vezes o teu tempo é nublado

Eu venho sol e as vezes chuva

Mas posso vir os dois

Num casamento de viúva

Carlinhos Real
Enviado por Carlinhos Real em 22/11/2016
Reeditado em 21/12/2016
Código do texto: T5831271
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.