Ave... Ave!



Porque existes
Porque és
Sinto-me e me sei
Viva

Paradoxalmente
Viva
A coabitar
Com as tantas mortes
Que me habitam

Porque existes
Porque és
Ternura-viva
Ternura não-metáfora
Ternura mãos e braços
Olhar e boca...
Ternura metáfora nunca

Tu, para quem existo
Tu, para quem eu sou.



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Quando te urgirem partidas
Tua amiga em mim compreenderá
Porque existes
Porque és

Também nas partidas
Anunciadas
Sol da tua noite
Lua do teu dia
Aprendizados meus
Aprendizados novos
Mais esses necessários...

Porque existes
Porque és
Compreenderei
Como compreenderias
Se fosses tu a precisar ficar
Se fosse eu a precisar partir



essas partidas com suas voltas...
com tuas voltas...




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Neste enquanto
Estamos
- Na vida
O que há senão o enquanto?
Viva-se o dia
Nas vidas de cada dia.

Ave, voa!
Voa, todos os voos que te caibam
Neste agora.
Voa os voos todos
Que te pertencem.
Voa os voos todos
Que no tempo preciso dos tempos
Te haverão de pertencer.




Interação  poética do meu querido, muito querido amigo Luís Carlos Facuri. Ave, poeta!


22/11/16 18:37 - Facuri


Dos anos transcorridos na vida,
remanescem alguns momentos lembrados,
mesmo quando a escrita do poeta termina,
prevalecem os sentimentos guardados...

Sentimentos sutilmente tatuados,
perenemente na involuntária memória,
uns comparados a veneráveis instantes sagrados,
inolvidáveis a quem leu; traduz ao poeta sua glória...

A incerta eternidade fica burlada na escrita,
afinal, teve versos infinitamente presentes,
confortando em alento quem buscava guarida,
intervalando o duvidoso esquecido no evidente.

Zu adorada!...Ademais, meus versos aqui, falam por mim!...bjs ternos e
grato por existir de maneira venerável e tão docemente terna para
mim!...Obrigado, querida Zu!...e, ainda te parafraseando: AVE, AVE!..



 Eu te agradeço também, Amigo meu... Sempre... Sempre...