MARAVILHAS

MARAVILHAS

Risos estonteantes,
Boca feroz na linda largura dos seus lábios (belos),
Palcos debruçantes,
Todo o feitiche são meros esmeros.
Cabelos histéricos ao luar,
Um ponto de si que lhe era peculiar.

E a maquiagem (não maquiavélica) - é uma marca de sua vaidade,
Um pudor do melhor conceito: a não pecaminosa - sensata - vadiagem.
E não há enganos. Somente brilhos, ainda que o tempo se-lhe ofusca. 

Uma constante lisonja - regozijo - da mulher e sua arte, em plena lúdica e artística viagem...
Do riso,
Do palco,
Da passarela, 
Da cena,
Do teatro,
Do filme,
Da vida.

Toca-se o trombone final. A platéia aplaude de pé.
Fecham-se as cortinas. Termina-se o espetáculo.
E o(a) artista se vira pra dentro de si, e vai dormir.
(porque também tem esse nobre direito)

Mas o enredo ficou incutido nas mentes dos seus fiéis.
Daqui pra frente - in memorian - a vida continua, 
Deixa-se como herança, todas as suas 'Maravilhas', 
E ficaremos saudosos relembrando os seus formosos papéis.

obs: simples dedicatória à artista, Elke Maravilha.