A Sonetista

A SONETISTA
Miguel Carqueija

Sonetando à lua cheia
pensando na minha dor
faço versos de mão cheia
e com lágrimas de amor!

Não tenho rumo na vida
e só me resta lembrar
de uma época querida
quando eu tinha a quem amar!

Já não sei o que fazer
pra minha vida mudar
abandonando a tristeza:

com minh’alma a fenecer
minha esperança murchar
e sem mais ver a beleza!


E eu vivo nessa saudade
que punge e é tão amargosa
recordando a tenra idade
e assim me quedo chorosa!

Meu caminho é nebuloso
como em “smog” cerrado:
num enredo doloroso
e um coração magoado!

E enxergo em meu redor
gnomos, trasgos e fadas,
cadê os seres humanos?

O que pode ser pior
que a solidão das estradas
repletas de desenganos?



Se Deus me der força e luz
a um porto hei de chegar;
que me console Jesus,
me ajude à cruz carregar!

Caminho com os pés desnudos
no silêncio de um deserto:
os meus lábios seguem mudos,
sem um amigo por perto!

Esta lua que ilumina
e que me faz meditar
põe ante mim o meu fado!

Este luar me fascina
e me leva a indagar:
por que não volta o passado?


O tempo em que eu fui feliz,
e disso até nem sabia!
Mas cruel fortuna quis
que eu seguisse pela via


da solidão, do abandono,
na boca amargo sabor:
e assim como um cão sem dono
levo uma vida sem cor.

Oculto a minha amargura
bem escondida no peito,
não quero que tenham dó:

conservo minh’alma pura,
vou levando do meu jeito,
meu destino é viver só!

18.6.2016



Sonetos de Lilian Menale (Uma Mulher um Poema)



TATUADO EM MINHA ALMA.

Teu nome é o gostoso mel em minha boca,
Repito-o como um verso que me traz à paz.
Teu nome tem o som límpido e abrangente,
Penetrando pela fresta de minha janela.

Teu nome é um murmúrio em meus ouvidos,
Canção romântica que embala minha noite,
Entre meus desejos e estrondosos gemidos,
É tudo que eu exalto amorosamente.

Teu nome pronuncio em meus sonhos dourados,
Escrevo na areia branca, nos belos prados,
Nas poesias que componho na madrugada.

Teu nome sublime não sai do meu pensamento,
Logo quando eu te chamo a todo momento,
Está tatuado pra sempre em minha alma.

CINZAS.

Senti as céleres e úmidas mãos da morte,
Jogar-me na vala fétida e bem profunda.
Logo ergui-me, busquei socorro, quase muda,
Fui abandonada à minha própria sorte.

Mas, recobrei os sentidos, fui muito valente
e escapuli da morte, por um vão estreito.
Para vencê-la, numa força mais consistente,
Tive a ajuda do amor, meu companheiro.

Terror, angústia e o sofrimento transpus,
Vi-me tão desorientada no vale sem luz,
Caminhando às pressas, por atalhos sombrosos.

Na poeira das cinzas eu nasci novamente,
Num clima de paz e felicidade presente,
Retornaram os meus sonhos maravilhosos.

Uma Mulher... Um Poema é o codinome literário de Lilian Menale, nascida na Cidade de São Paulo-Capital.

Participa do Sobresites- Fórum de Poesias, do Fórum dos Poetas Advogados de Santa Catarina e faz suas publicações no Recanto das Letras http://www.umamulherumpoemarecantodasletras.com.br

Em maio de 2005, publicou o primeiro livro de poesias com o título Uma Mulher...Um Poema, através da Câmara Brasileira dos Jovens Escritores/RJ, conforme certificado expedido pela Fundação Biblioteca Nacional Escritório dos Direitos Autorais sob o No. 349.351, Livro 644, Folha 11.

Em Novembro/05, publicou o segundo livro de poesias, com o título Minh'alma na Poesia, através da Câmara Brasileira dos Jovens Escritores/RJ, conforme certificado expedido pela Fundação Biblioteca Nacional Escritório dos Direitos Autorais sob o No. 361.960, Livro 669, Folha 120.

Em Março/07, Participou da Antologia de Poesia e Prosa - Escritores Contemporâneos, com a poesia Silêncio - Livro: AMOR & PAIXÃO - Volume I - Celeiro de Escritores.

É MEMBRO DOS POETAS DEL MUNDO.




imagens: moça solitária, gentimente cedida por Suely Sabino (Simplesmente Sys); moça entre as flores, pixabay; foto de Lilian Menale, gentilmente cedida pela autora.


Meu coração pediu férias,
por tempo indeterminado...
Cerrando porta e janelas,
Preferiu ser solitário.

(interação de Isabelle Mara)