Oliveira
*
Oliveira morta
Hoje sem frutos e sem flores
Sou uma de suas sementes
Estas entre meus clamores
Idealizo uma carta singela
Pois sei que não voltarás
Para ver a primavera
A doçura do olhar
O sorriso de criança
Versos que me dão esperança
Transformando em amor toda minha ganância.
Quando a doçura e a pureza dizem adeus
Me pergunto se um dia serei um dos seus
Não choro!
Pois a partida faz parte
Do que nesta vida preenchemos com arte.
Distante de te
Tão perto de teus traços e rimas
A vontade de seguir teus passos
Pois quem acreditar crescer
Luta com unhas e dentes
Para encontrar teus rastros
Pois acredito que vou conseguir.
Escrevo para completar-me
Escrevo com pouco charme
As palavras que são abrigo
Que nas noites de tormenta
Torna-se minhas amigas
Espero que no fim a alegria
Tenha se feito canção em mim
Pois quem acreditar crescer.
*