Messias Contemporâneo

Gotas de suor na testa do senhor

Faminto e insaciável, detestável

Olhe para esses olhos estáticos

Espinhos em coroas de plástico

Não empurre essa merda em mim

Tenho uma sacola de balas coloridas

Bebidas e cigarros de marcas bacanas

Todo mundo que conheço tem fome

Venha até mim pobre criança faminta

Saciedade não é fácil de se conseguir

Meu amor está enterrado docinho

Morto antes mesmo do terceiro dia

Mãe eu ando por aí tão sujo e cansado

Não sou o filho com que a senhora sonhou

Desculpas sinceras não mudam aquilo que sou

Merda, merda, merda

Grande merda!

O mundo todo é uma privada

Apenas esperando pela descarga

De um Messias com hálito de vinho

E quem sabe um cabelo bacana.