Ode a uma Valquíria
Ode a uma Valquíria
Das estepes, bela senhora,
minha donzela benfazeja,
ferina amazona de outrora,
ao Mal, em eterna peleja.
Cavalgas, nua, em tropel,
De alma nobre, espírito forte,
Sobre o dorso de um corcel,
Branco, como a neve do norte.
Ruges gritos que aterram,
Demónios soltos, perdidos,
Os que, malditos, encerram
Raivas, ódios, em gemidos.
E nesta luta do Mal e Bem,
De corpo tangido de dor,
Tua vontade voa mais além,
almejando sereno amor.
Que te envolva no ritual,
De união de corpos amantes,
Te expurgue orgasmos de sal,
Doces beijos e ais triunfantes.
Assim seja! Este teu amante,
Águas, sobre ti derrame,
Te banhe com mão errante,
Te perfume e te balsame.
Purificada do infame,
Sangue derramado de breu,
Urge, no leito, que te ame,
Senhora, amada, amor meu…
Uma singela dedicatória a uma Poetisa já falecida.
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