Tenda
No nonagésimo sétimo ano
passarinhada a essência
de barros
terreiro de poesia se reinventa,
falanges se derramam em multiplicações,
semana se apequena para tanto trabalho.
Pai Neco em reino,
concentra nas invenções
oitava,
nona
décima-feira,
abre a gira.
Trabalho do povo do chão,
do povo no nada,
legítimo povo de Aruanda.
Na porta da tenda:
“De segunda a décima-feira,
trabalho de libertação – o banho de palavras”