Diz-me, Poetisa!
Diz-me, Poetisa!
(À Poetisa Lírio)
Poetisa, me diz,
em verdade pura,
quem te enamora
esse olhar feliz,
pleno de candura?
Diz-me aqui e agora!
Poetisa, me redige
sonetos de amor,
versos de ilusão!
Quem tanto te aflige.
em tamanha dor
e te nega paixão?
Poetisa, me canta
loas de enamorar,
odes de amante!
Poetisa, me encanta
nesse teu amar
do meu ser errante!
Poetisa, me guarda,
na fiel esperança
de amada querida!
A ventura que tarda,
não é mais que dança
de mágoa contida!
Poetisa, me sorri
num beijo travesso,
tua felicidade!
Cá estou, não morri,
por isso te peço,
mata-me a saudade!
Poetisa, me abraça,
me seduz de odores
e sabores de mel!
Zarpemos de batel,
na rota dos amores!
Meu amor, me enlaça!
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