FREUD, MEU AMOR!
FREUD, MEU AMOR!
Quieto, Freud... Nãão!
E lá se foi mais um chinelo.
Pára, já pra fóra.
Sossega, seu impossível!
Santo Deus... Aí não, Freud!
E a lixeira vai ao chão.
Vem cá meu amor, tá com fome?
Olha o que eu trouxe pra você:
Hum... Tá bom, não é?
Não, Freud, me dá isso aqui.
O seu é esse; este aí não...
Freud, os meus cigarros nãããoo!
Fecha a porta, senão ele entra.
_ Mãããeee... Cadê minha boneca?
_ Ai meu Deus... Quem deixou a porta aberta?
Pega ele; cerca por alí.
Pegou? Me dá cá. Quieto, seu fujão.
Credo... Quem foi que destruiu o portão?
Não se tem mais sossego nessa casa!
Ah, se arrependimento matasse...
Eu não te aguento mais, Freud,
Vou te estrangular, Freud,
Eu vou te prender Freud!
Cheirinho: hummm... Tá fedido, heim, Freud?!
Tem que ser com água quente.
Pronto? Vamos lá, calma Freud...
Não vai doer nadinha, é só um banho.
Pára. Socorrooo... Alguém me ajuda aqui!!! Cerca por lá. Segura aí. Cadê?
Freud, você comeu o sabão?
Prontinho, agora está cheiroso.
Espera, Freud, isso é a escova, não é osso não...
Tudo bem. Fica despenteado então.
_ Mãããeee... Achei minha boneca!
_ É mesmo? E onde estava?
_ Na casinha desse seu ladrão!
_Chega. Pra mim, chega!
Dessa vez você passou dos limites, Freud!
E não me olha assim, não adianta me lamber.
Freud, preste atenção:
Para, freud! Não balança o rabinho assim...
Não me faça festas; isso não, Freud!
Ah, eu não resisto, desisto!
Você venceu, eu me rendo...
Venha cá, seu ladrão de bonecas!
Venha já aqui, seu fujão!
Nem mesmo o doutor Freud explicaria
Como posso amar tanto este cão!!!