Ode a Cruz e Souza

Como é triste a ignorância humana,

Que a tudo destrói sem analisar.

Não viram atrás de uma cor preta

O grande poeta que viva a chorar.

O fogo ardente tempera o aço.

O sofrimento tempera o poeta.

E que têmpera tiveste Cruz e Souza...

E com que brio seguiste tua meta.

Mas não desanimaste nem morto...

Andaste descalço em vias de roseiras

E vias rosas nos espinhos de teu corpo.

Hoje, tuas poesias são fortuna inteira,

Escritas com tinta de ouro em folhas

De prata, na literatura brasileira.