DO CIMO DO MORRO

Subo ao cimo do morro

Da minha terra,

Para admirar a paisagem

Que me inspirou

A escrever a minha poesia,

Com amor e galhardia.

Já não vejo as acácias em flor,

Foram banidas para sempre,

Quem seria o malvado demente

Que as cortou e me causou dor.

Vejo torres de petróleo em vez de canoas,

Na baía onde muitos banhos tomei,

Não vejo peixes, pássaros nem pessoas,

Só vejo o que não gosto nem desejei.

Há mais ruas, mais carros, mais pessoas,

Deixou de haver nomes das ruas,

É como se fossem despidas, estão nuas,

Tudo foi banido, por mentes tolas.

Restam as matas, os amimais e o verde

Que veste a paisagem tropical,

Com o seu manto de beleza sem igual,

Seu feitiço e cheiros jamais se perde.

Ruy Serrano - 29.04.2016

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 29/04/2016
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