A Bióloga

A BIÓLOGA
Miguel Carqueija


Sinto um amor nas entranhas
por toda a vida na Terra;
eu faria mil façanhas
pra proteger mar e serra,

o pântano e a floresta,
o rio e a nascente,
do verde tudo o que resta,
da destruição crescente.

O Homem não acredita
que reverte em seu mal
causar toda esta desdita
à planta e ao animal.

A vida de um passarinho
como a nossa é sagrada,
e destruir o seu ninho
me deixa indignada.

Por que não deixar em paz
a floresta verdejante
esse escuro aconchegante
e cheio de animais?





O gracioso esquilinho
que come na minha mão
uma migalha de pão
merece só um beijinho!

Não vamos despovoar
com a pesca predatória
que vai mudar nossa história
de peixe o rio e o mar!

Aquele lago tranquilo
pra que sujá-lo de esgoto
se nele navega o boto
e bebe água o esquilo?

Ah, quando estudo de perto
sujando os pés nessa terra
pergunto pra que esta guerra?
O homem não é esperto!

Pois todo esse mal reverte
em cima da humanidade,
que ao progresso perverte
com total insanidade.




Quanto melhor você for
mais vai gostar de animais
protegê-los gera paz
é um grande ato de amor!

Eles bem que correspondem
quando se sentem amados,
protegidos, estimados,
e de nós já não se escondem!

O bicho-homem é mau,
destrói até a abelha,
devasta a vida animal,
faz o que lhe dá na telha!

Mas sabe, Deus está vendo
e tudo isto se paga:
vocês estão é querendo
ser tratados como praga!

Esta civilização
pode cair algum dia
como fruta podre ao chão,
numa rápida agonia!





Salvemos este planeta
de tanta destruição:
se o homem segue a veneta
de matar sem compaixão

não poderá se queixar
quando não puder viver:
sem água, plantas, sem ar
como irá sobreviver?




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