Poetisa do lar

Hoje eu mudo minha poesia.

Falar do dia a dia de uma poetisa...

acorda cedo, que agonia!

Trabalhar todos os dias.

Aparece o sol e lá vai ela...

Saindo um cafézinho, quem quer?

Logo, logo vem o almoço

e não sobra pra quem quer.

Trouxa de roupa a lavar

barriga molhada encostada ao tanque.

Muitas ecas e inhas...(cuecas e calcinhas...)

Sem máquina pra lavar.

O pior está por vir!

Tem casa pra arrumar

banheiro pra lavar

móveis pra limpar.

Quando pensa que acabou...

Ah! Ai o filho chega pra jantar

e a escrava a arrumar

o lanche ou o jantar.

Termina o dia e a noite chega

pra terminar com esta tristeza

e a vida alegrar

indo para o banho se limpar.

Limpa e cheirosa está

fresca como um vento ao luar

e antes do sono embalar

vai ao PC para anuviar.

Depois de toda a andança

de trabalho e dedicação

tira a folga dos neurônios

coloca-os para trabalhar.

Onde surgem as poesias

que aqui vêm postar

depois de um dia de labuta

os versos a encantar.

Esquece todo o cansaço

se posta a poetizar

assim é o dia da "Poetisa do Lar"

que se faz realizar.