À MEMÓRIA DE POE, SHELLEY, BYRON, ...


Meia-Noite

pois, da meia-noite a badalada
fez a minha alma ficar abalada.
já a noite, permaneceu calada.

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Suspiro

pé ante pé, da cripta me retiro,
após ouvir-lhe o último suspiro.
era ele um pensilvânico vampiro.

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Nunca Mais

já, para que dele eu nunca mais me esqueça,
e, para que, lá, jamais, jamais, eu reapareça,
deu-me u'a cabeçada o cavaleiro sem cabeça.

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Tumba

digo que não, que não era sequer uma catacumba,
porém, uma imponente e faraônica, egípcia, tumba.
o grito da múmia, em meus ouvidos, ainda retumba.

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Medo

ah, lá fiz-lhe, eu, uma careta, meio azedo,
mas, disse o espectro: 'estás com medo?'
e riu-se, deliciado, me fazendo arremedo.


Moacir et Selena