Por quanto Me Amares
Por quanto Me Amares
Irei subindo a Serra
Colhendo nesta Terra
Direcionando vil Olhares
Afiarei a ponta da Seta
Plainarei estas Curvas
Ao cai fazer das Chuvas
Encontro, mar, à Meta
E buscar um Sorriso
Levá-lo muito além
Fazer-te um Alguém
Florescente do Riso
Atentar a má Sorte
Derrubá-la por Fera
Revolucionar tua era
Coração Sul a Norte
Recolher-me num Abrigo
Para ser Amparo e Chão
Um Tapete dos que vão
Privar-lhes de um Perigo
Semear Flores no Jardim
Para Purificar os Olhares
Polir o Não, e, até o sim
Conduzir-te os paladares
Atiçar a dona Maldade
Fazendo dela a Ponte
No Compor, Horizonte
Uma Potente felicidade
Estampar o Dom da Paz
E nadar a Par do Vento
Abater o Mal Tormento
Do impossível, ser capaz
Cair em dependência
Dos quereres dos Anseios
Fazer-me em Recreios
Pai da Independência
Luzir o Caminho Escuro
Furar Bloqueio Avesso
Transpor a Nevo o Gelo
Vencer a queda, o furo
Galgar qualquer fronteira
Qual o Navio após o Porto
Ser o quarto, ser conforto
Ser o refresco da Canseira
Ser a Roupa do Corpo
Utilidade recalculada
Dona Doença Tombada
Ação reagindo solto
O Botão que te Alerta
Onde a Paz se balança
Adocicando Esperança
Qual Planta Concreta
Ser os Sistemas Solares
A indicar lindo Universo
No verso, no contra verso
Pois aí, então, submerso
Acertar-te meus olhares
Nuvens a pairar nos Ares
Fonte da sua Audição
Aorta do seu Coração
E pelo sim e pelo não
Por quanto Me Amares