AO SOPRAR DO VENTO

Ainda ontem...
Você era uma pequena estrela,
No colo da mãe a cintilar,
E todos queriam vê-la,
A primeira desse lar.

Ainda ontem...
Você era uma criança,
Pés nos chão a brincar,
Em tudo achava graça,
A sala era pista de dança,
E o sol assistia pela vidraça,
O seu inocente bailar.

Ainda ontem...
Você era uma menina,
Com perguntas soltas no ar,
Com dúvidas nas retinas,
Com um intenso desejo de sonhar.

Ainda ontem...
O primeiro livro, o primeiro caderno,
A primeira professora, o abraço fraterno.
A o primeiro sapato, o primeiro uniforme,
O primeiro retrato,o sorriso multiforme.
Os primeiros problemas, os primeiros sermões,
Os primeiros dilemas,os primeiros senões.

Mas, “tudo vale a pena,
Quando a alma não é pequena”.

Ainda ontem...
O ontem é hoje, o hoje é agora,
É o tempo que não pára,
O tempo é o vento,
Que sopra os dias sem demora,
E agora;
Já se passaram quinze anos...
De lutas, realizações e planos,
Com todo direito você comemora,
Um dia marcante,
Que entra para sua história,
E nessa hora,
De beleza tão rara,
Coração dispara...
E você não sabe se ri ou se chora.

Nesse momento, o seu sentimento,
E o seu pensamento;
É de tão somente extravasar...
E a vontade que te invade,
Com uma alegria incontida,
É de ao mundo inteiro gritar,
Que você valoriza a vida,
Que você tem raiz,
Que você é muito feliz.
... E nasceu para amar!


Para Priscila.