Mamonas Assassinas
Abriram a cortina dos sonhos
Levando na alma, a esperança
Nos lábios o retesar risonho
No semblante, de lírios de criança.
Fitaram sem medo, a linha do horizonte
Num mágico surto, alcançaram a fama
Beberam então com gosto, a água desta fonte
Que surgiu devido, ao alvor de suas flamas.
Meninos de Guarulhos, cinco sonhadores
Que provaram junto, o sabor da vitória
Com forças dignas de Hércules, foram vencedores
Chegando ao topo, nos degraus da glória.
Tal qual a suave brisa, a banhar as campinas
No som sublime, de fabulosos cantos
Como conto-de-fadas, os Mamonas Assassinas
Iluminaram nossos dias, de alegria e encanto.
Mas, num vôo rasante, despido de encanto
Calou-se a lira dos magnos cantores
Com a alma em luto, o Brasil caiu em prantos
Banhando com lagrimas a utopia destes sonhadores.
Que como querubins, providos de asas
Voaram ao céu, nos deixando o adeus
Para a eternidade, os cincos de mãos dadas
Deixaram as multidões, para cantar com Deus.