Sou um mendigo de ruas caseiras;
sinto o cheiro do café nas mãos das gentes generosas
que me visitam matinal, alegremente,
como se eu lhes trouxesse a manhã.

Sou um estranho na casa onde moro;
sinto amargo do café dos que convivem
tristemente,
roubando-me o brilho calmo da generosidade,
como se eu lhes cravasse uma noite no peito.
 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 20/01/2016
Código do texto: T5517078
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