Status

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Status

Quem de longe observa meus atos;

quem, sem investigar,

acredita que sou rei...

Desconhece minha realidade.

Ignora meu estado de servo,

entregue aos teus encantos de mulher.

Não mando em nada!

Sou escravo da finitude humana;

frágil diante das dores corporais...

E minh'alma é tua, apenas tua.

Tu, que és firme, mas sensível;

feroz, mas dócil e felina...

Quando a dois.

Sinto saudade de tudo!

Dos diálogos quentes na estrada fria;

das paradas inesperadas,

quando embaçamos os vidros;

das unhas no meu corpo,

dos gemidos...

E do susto que tivemos.

Sim, eu não mando em nada!

Sequer controlo minha saudade.

E agora, sufocado pelo tênue filete do tempo,

suplico a Deus o irromper das madrugadas,

ansioso pelo sabor dos teus lábios,

aquecendo meus delírios serviçais.

Nijair Araújo Pinto

Fortaleza-CE, 18 de janeiro de 2016.

21h06min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 18/01/2016
Código do texto: T5515591
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