Varão do caprichos

As nuvens escamoteiam;

A paisagem que em ti mora;

Pitoresca e selvagem tela que os tempos ensaiam;

És lagoa que dá e sobra...

Foste errante;

De jocosa profundidade;

Mas agachaste-te perante;

A saudade...

Nos teus caprichos;

Couberam corpo e alma;

Família e amigos;

E tudo a que o humano encanta...

Por isso, apesar dos teus percalços;

Quem pisaste, ainda te ama;

Olha nos seus olhos;

Verás ternura que não engana...

Sabes varão;

O teu ego te engoliu;

E no marasmo com solidão;

Vomitaste as sobras de quem te extorquiu...

Mas nunca é tarde;

Para buscar a luz;

O teu coração sabe;

No que a felicidade se traduz...

Adquiriste a tua eternidade;

Pois os teus te têm tatuado;

Nas suas memórias de verdade;

És um ser humano abençoado...

Do alto dos teus ombros largos;

Saboreia a paisagem;

Bebe o futuro em longos tragos;

Será uma bela viagem...