A Enfermeira
A ENFERMEIRA
Miguel Carqueija
Eu não vejo a Medicina
como um grande negócio:
o que de fato me anima
é ter nela um sacerdócio!
Tratar sempre com amor
todo e qualquer paciente,
ter compaixão, ter calor,
ser um anjo complacente,
esta é a missão da enfermeira
no seu serviço sem fim;
quero que em minha maneira
ninguém tenha queixa de mim.
Nós não podemos ter nojo
de quem devemos cuidar;
levamos amor no estojo,
nosso trabalho é amar.
Temos de ter competência,
com saúde não brincamos;
buscamos experiência,
com fervor nós estudamos.
Me chamam anjo-da-guarda,
isto me deixa feliz;
quero honrar a minha farda,
esta é a vida que eu quis.
Se atendo uma gestante
sinto-me no próprio Céu;
mas que bebê elegante,
com olhos da cor do mel!
Querida, digo à vovó,
suas visitas chegaram;
ela me diz, tenha dó,
ontem mesmo se casaram!
Pois é, vovó, é o amor,
não iriam te esquecer!
sua filha com o doutor
vieram aqui te ver!
Seja freira ou seja leiga
como é bom ser enfermeira!
Ter coração de manteiga,
ser anjo à sua maneira!
Pois não importa quem seja,
a todos tratamos bem:
e é um prêmio, ora veja!
Porque nos amam também.
O médico nos confia
as vidas que lá estão;
ele sabe em quem se fia,
deixa tudo em nossa mão!
Estamos aqui pra tudo
e para em tudo ajudar:
pra isso temos estudo,
lutamos pra nos formar!
Ajustamos bem o soro,
ajeitamos o lençol,
queremos riso e não choro,
faça chuva ou faça sol;
Que Deus nos dê força e garra
que aqui faço a minha parte;
trabalho e não vou pra farra,
pois pra mim é uma arte
dar alívio aos sofredores
insuflar-lhes esperança;
que apesar das suas dores,
jovem, idoso e criança
sintam em nosso hospital
um toque de amizade,
de paz e amor afinal;
nos recordem com saudade!
Mas se a morte triunfar
o possível nós fizemos,
não deixamos de tentar:
não fique assim Doutor Lemos;
o senhor foi bem um anjo,
fez tudo para salvar;
se esta vez não teve arranjo
temos mais gente a tratar!
E se até mesmo o doutor
eu trato de animar
Jesus, oculta minha dor,
só Vós pra me consolar!
imagens pixbay, royal free stock
A ENFERMEIRA
Miguel Carqueija
Eu não vejo a Medicina
como um grande negócio:
o que de fato me anima
é ter nela um sacerdócio!
Tratar sempre com amor
todo e qualquer paciente,
ter compaixão, ter calor,
ser um anjo complacente,
esta é a missão da enfermeira
no seu serviço sem fim;
quero que em minha maneira
ninguém tenha queixa de mim.
Nós não podemos ter nojo
de quem devemos cuidar;
levamos amor no estojo,
nosso trabalho é amar.
Temos de ter competência,
com saúde não brincamos;
buscamos experiência,
com fervor nós estudamos.
Me chamam anjo-da-guarda,
isto me deixa feliz;
quero honrar a minha farda,
esta é a vida que eu quis.
Se atendo uma gestante
sinto-me no próprio Céu;
mas que bebê elegante,
com olhos da cor do mel!
Querida, digo à vovó,
suas visitas chegaram;
ela me diz, tenha dó,
ontem mesmo se casaram!
Pois é, vovó, é o amor,
não iriam te esquecer!
sua filha com o doutor
vieram aqui te ver!
Seja freira ou seja leiga
como é bom ser enfermeira!
Ter coração de manteiga,
ser anjo à sua maneira!
Pois não importa quem seja,
a todos tratamos bem:
e é um prêmio, ora veja!
Porque nos amam também.
O médico nos confia
as vidas que lá estão;
ele sabe em quem se fia,
deixa tudo em nossa mão!
Estamos aqui pra tudo
e para em tudo ajudar:
pra isso temos estudo,
lutamos pra nos formar!
Ajustamos bem o soro,
ajeitamos o lençol,
queremos riso e não choro,
faça chuva ou faça sol;
Que Deus nos dê força e garra
que aqui faço a minha parte;
trabalho e não vou pra farra,
pois pra mim é uma arte
dar alívio aos sofredores
insuflar-lhes esperança;
que apesar das suas dores,
jovem, idoso e criança
sintam em nosso hospital
um toque de amizade,
de paz e amor afinal;
nos recordem com saudade!
Mas se a morte triunfar
o possível nós fizemos,
não deixamos de tentar:
não fique assim Doutor Lemos;
o senhor foi bem um anjo,
fez tudo para salvar;
se esta vez não teve arranjo
temos mais gente a tratar!
E se até mesmo o doutor
eu trato de animar
Jesus, oculta minha dor,
só Vós pra me consolar!
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