Nordestina por amor.

Sobre o meu Nordeste amado

Me sentei um pouco para escrever.

Terra de gente guerreira e humilde.

Que com os desatinos aprendeu a conviver.

A cultura é muito rica,

A culinária é “jóiada”,

As mulheres são as mais lindas,

E as festanças sempre animadas.

Acordando com cuscuz na mesa

Num tem maior satisfação,

Duvido arrumar em "oto" lugar

"Mior" refeição.

O forrozinho arretado

Faz todo mundo sacudir

Mexer as cadeiras a noite inteira

Até as pernas bambear, e a poeira subir.

Terra de gente divertida

Sempre com um sorriso no rosto,

Mesmo com todas as dificuldades

Sabe viver a vida com gosto.

Todo dia é uma nova luta

Que nos temos que travar

Para criar bem os meninos

Para o mundo educar.

Lá no sul e sudeste do país

É grande o preconceito

Somos menosprezados

É grande o desrespeito.

Há quem chame de “xenofobia”,

Mas eu chamo é de ignorância.

Coisa de gente tola

Que não conhecem a nossa herança.

Com um “palavriado” único

Nunca ei de trocar

O meu "oxente minino"

Por esse “Ok” que é mais chique de falar.

Num tem pra que conversa

Me orgulho do meu sertão

Terra de Luiz Gonzaga

E do destemido lampião.

Tenho orgulho de ser nordestina,

Do sertão do Brasil

Viver nesse pedação de chão,

Que o povo é de vida gentil.

Terminando agora esses versos

No peito uma paixão.

Posso até um dia sair dessa terra

Mas ela nunca sairá do meu coração.