PAGÚ
Esta noite sairei pelas ruas.
Prisioneira livre de detenção.
Caminharei sem máscaras ou
Ilusões por esta cidade nua.
Na boca um batom carmim
A realçar esta pálida cor
De lua sem amor.
Em percurso deixo meu cheiro
De jasmim.
Pelos becos e avenidas,
Desfilarei no palco central,
As portas do Municipal.
E os olhares dos pássaros noturnos
Nas esquinas, nos cafés, bares e
Boates pousarão sobre mim.
Incrédulos ante a visão,
Engolirão a ansiedade como
Neblina fria e numa ode a paixão
Gritarão: Volta Pagú!