caminhantes
"Era um grupo maravilhoso! Havia quem escutasse o vento, as almas, as estrelas, os sabores, os laços, os passos e os tempos. Eles viviam pro dia; eles viviam pra noite; viviam pros tempos entre os dias e as noites. Deliciavam com a água que vinha do céu e com água que brotava do chão. Contemplavam as flores, os cheiros, o fogo. Respiravam o ar, caminhavam nas pedras... Disseram-me que acampavam aos pés do arco iris. Sabiam não saber o caminho: se perder. Sabiam se achar. Sabiam querer caminhar mesmo que isso parecesse insuportável. Sabiam-se diferentes entre si. transformam essas diferenças em riquezas, dessas que ensina, dessas que aprende, dessas que nos faz maiores. E Do alto da Chapada nua, na grande cachoeira, as andorinhas voaram, as águias assistiam. Cachorros acompanhavam. Quem os visse não diria sobre serem homens, mas pássaros! ... Destinavam como o canto-conto da formiga da folha que vira ao mar: há quem ache que ela tenha escapado, voado para os céus, e há quem crê que perece pro poderoso mar. Que haverá de ser? Assim, será.