O Jardim
Subo as escadarias, vejo pedras
Lá em cima avisto o jardim, refugio
Refugio da monotonia, do mau tempo
Daquilo que talvez me doeria, muito
Refletindo, Só o silencio me acompanha
Cheio de pedras o caminho, não as vejo
Tao pouco as driblo, ainda
Só não as vejo, enquanto não as percebo
Cuidando de tudo aquilo...
Que algum dia poderia me machucar
Transformando isso em meu asilo
Onde descarrego as ideias, planos
Não pertenço a esse mundo
Olho a minha volta
Só vejo diferença, indiferença
Ninguém é capaz de entendê-las
Assim como também não posso
Mas procuro, arduamente
Encontrar onde tudo começou
E o melhor final possível
Seria pedir demais a todos
Que deixassem o ódio esperando
Amor, esse sim é o protagonista
Receba quem te odeia, amando
Mas pouco sei, e disso
Sei que o jardim me olha
Procurou-me muito antes
De encontra-lo perdido
Talvez seja esse o meu refugio
Dele me inspira a dor, solidão
Mas, em mesma hora, sonhos
Sonhos regados a promessas cumpridas
Do que esperava encontrar
Tudo eu vi, menos um amor
Aquele que aparecerá um dia
De uma forma ou de outra
Recolher-me-ei à ama-La
Ate um dia, ama- la
Encontrar-me-ia pleno
Sendo amado, realizado.
Perdido nunca, tal que:
O perdido alimenta
A possiblidade de algum dia
Se encontrar da melhor forma.
Dedicado a meu falecido Avô, Bernardino.