LISBOA MINHA AMADA
Minha Lisboa, sempre que te visito,
Meu amor é maior, eu nunca resisto,
A passear pelas tuas ruas e vielas,
Pelo cais donde partiram caravelas,
Na descoberta de novas paragens,
D'outras terras, e d'outras gentes.
Subo aos teus miradouros, contemplo
A cidade, o Tejo, não esqueço o tempo
Em que estudava e apaixonado estava
Pla tua beleza e plas tuas escadinhas
Que eu subia e descia com as varinas
Para ouvir seus pregões tão genuínos.
Lisboa, Lisboa, lamento, andas à toa,
Os turistas tomaram conta de ti, triste
Estou por me teres esquecido, existo
E não vou desistir de te reconquistar,
Para te devolver aos amigos lisboetas,
Que se queixam de serem marionetas.
Minha Lisboa, não há cidade com tu,
Capital de Portugal, banhada de luz
Refletida pelo espelho desse rio Tejo,
Com quem namoras nestes séculos
Que se passaram, com rica história
Gravada nas pedras da tua memória.
Ruy Serrano - 31.08.2015