Alzheimer de Belerofonte
Em duas dezenas de dias
E uma quinzena de agosto atípica
Intui em som uniforme versos mentais
tocado num piano, clarinetes e metais
Desconhecia a entrega de outrora
De um tempo, misterioso e sem demora
Num domingo anterior
Um jovem movido por amor
Mesmo sem selar seu Pégaso alado
Galopante vai até São Bernardo
Pégaso pára, mas não picado pela vespa
Belerofonte consternado não lamenta
E finalmente sela o mítico cavalo
Obstinado segue ao encontro da prometida Filonoé
Agraciada pausa, penso até que vai emudecer: "Ai Zé..."
É o seu jeito pouco criativo de agradecer