Inspiração&expiração
Uma musa inspiradora
lá das terras da Inconfidência,
que não se chama Débora,
nem Deyse e nem devani,
puro devaneio,
porque pouco importa,
quando saboroso também o é,
o sorvete que não tem nome.
"D",
a quarta letra do alfabeto
e coincidentemente (será?),
este é o quarto poema.
Portas se fecham, portas se abrem
e há os atalhos,
como num jogo de baralho,
mas jogar é muito perigoso,
assim como o vinho,
que pode ser gostoso,
mas embriaga
e provoca uma baita ressaca,
dor de cabeça, baixa pressão
e então:
reincorporar o menino
e arriscar?
E se alguém se machucar?
Uma musa inspiradora
da terra onde brota o velho Chico,
mas deixe as águas descerem,
deixe as águas rolarem,
pois elas nunca irão
além dos limites do mar.
Musa inspiradora.
Posso chamar-te assim?
E quando eu chamar-te para mim?
Quero estampar-te em meu livro
e de preferência
enquanto ainda vivo.
Bem,
já que já homenageei a musa,
que anda um tanto quanto confusa,
vou abrir uma e fumar um cigarro,
mas antes:
"Escrevo-te essas mal traçadas linhas, meu amor...".