AMO-TE LISBOA
Amo-te Lisboa, desde que te conheci,
Quando percorria os teus bairros a pé,
Ouvindo os pregões e do Tejo a maré,
Que batia nas margens perto de mim.
Minha Lisboa, dos tempos dos namoros
De bairro, expostos aos olhos indiscretos
Dos veraneantes, com beijos amorosos,
Que os surpreendia nos seus trajectos.
Lisboa de então, do bom fado cantado
Pelas melhores fadistas, o caldo verde
E o vinho que se bebia então sem sede.
Amo-te Lisboa, cometi um grave pecado
Por de ti ter tido ciúmes, sem os motivos
De que te acusei, que foram imerecidos.
Ruy Serrano - 02.08.2015