*Poesia Matuta

Oh! Seu doutor eu vim aqui me aconsultar

Fui acometido de uma dor que dói de arrepiar

Já fiz de tudo pra ela amiorar

Mas a danada não quer passar

Já tomei remédio do mato, malva santa, mastruz com leite,

E ela não sai do meu peito

É dor que doi da cabeça ao dedo do pé

De tudo, juro, eu já fiz com muita fé

Já fui pro arraiar dancei xaxado, forró e maxixe adoidado

Viajei pelas terras do sem fim e até viola toquei por lá

Subi a serra, tomei banho de mar.

Sabe seu doutor, até aprendi a pintar

Não tenho mais rumo vivo triste aperriada

Minha última esperança é sua capacidade.

Seu doutor, a minha mazela é aquela

Que dá em qualquer idade

Ataca quando alguém que a gente ama

Parte pra longe deixando saudade

Homenagem ao meu filho em 29/07/2014