Mané, nézinha
Sou Mané, nézinha
Da Ilha da magia
Onde até bruxas num tempo havia
E muitos causos já foram contados
As praias, são muitas, coisas mas lindas de se vê
Quem vem aqui, se encanta e não quer ir embora
Rendas de bilro, crivo, arte em barro, artesanato de mão cheia
Tem boi de mamão, Bernunça, a bela e faladeira maricota
Muito a pé caminhei com meu pai pela majestosa ponte
Hercílio Luz
Conheces o Ribeirão da ilha? A bela Lagoa da Conceição?
Não sabes o que estás perdendo... É beleza que não acaba
Vamos passear agora no Mercado Público, na Âlfandega, é pura
diversão
Nossa figueira na praça XV, muita gente fica lá proseando
E a Catedral, Igreja São Francisco, pontos que os religiosos
não podem deixar de ver, igrejas belíssimas.
A pracinha do bombeiro, levar as crianças pra brincar
Já ouvisses falar de Santo Antônio de Lisboa, Cacupé, Sambaqui?
Que lugar lindo por demais; Lá mora o artista plástico Tércio da Gama,
que pinta suas lindas e Ricas telas com belezas da ilha, manézinho
do nosso lugar, grandioso pintor, um grande exemplo de pessoa.
Sou Mané, nézinha
Nascida na ilha, mas vivendo a Vida toda no Continente
Do lado de Coqueiros outro recanto, onde as bruxas viraram pedras
Onde realidade e magia se misturam, onde o Mar é nosso abrigo
maior, onde a Vida é alegre para esse povo que fala rapidinho,
atropelando as palavras, mas sempre hospitaleiros e gentis;
Onde o Sol brilha com mais intensidade, e a Lua é amiga secreta
das sereias e dos pescadores, lhes presenteando sempre com
seu pão de cada dia... Amo meu lugar!
Obs: O grande artista plástico que menciono é meu querido padrasto.