Ode ao não excesso de pintura concerto (ou ao eclipse do por do Sol do gasômetro).

Eu inventei uma rotina

onde você existia.

Regava suas plantas,

Tomava café comigo e saia.

Eu voltava a dormir,

acordava e esquecia

E a tinta na paleta secava sozinha.

Acendia o terceiro cigarro do dia

enquanto esboçava na tela

uma vida tua que coubesse na minha.

E comecei a pintar sobre linho velho

cheio de marcar de umidade e traças

acho que se fosse só um esboço...

Minha teimosia rendeu, mais tintas

E camadas e camadas...

nada nem perto do frescor

que aquele esboço transmitia

Agora tudo ficou preso

em um projeto final imperfeito

Onde um esboço leve bastaria.

Max Olivete
Enviado por Max Olivete em 07/07/2015
Código do texto: T5302845
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