PRA ESFINGE
A caverna seria um mito,
Platão seria eu em paixões assimétricas.
Posso te projetar em sombras claras
E te ressurgir por teimosia eclética.
Mas se existes atrás da luz
Como esfinge resplandece,
Não desapareça por devaneios,
Fique, tua ausência me entristece.
Fala-me de teus dias,
De tuas vaidades, tuas vestes,
Cobre-me, mais arrogante,
Tua curiosidade me envaidece.
Deixa-me delirar faceiro,
Te desenhar em seu vestido.
Saber da tua existência
Já me faz muito sentido.